CARLINHOS GARCIA: COM O GRÊMIO AONDE ESTIVER

Quem viu este menino em quadra logo entende o porquê do Carlinhos “fera”. Ele parece uma fera acuada. Quando vi Carlinhos jogando pela primeira vez, confesso que achei o menino “encardido, malinha e bom de bola e se não estragar tem futuro!” Comentava com os árbitros em uma das disputas da Liga e estava certo: raçudo, não tem bola perdida, briga com a equipe o tempo todo pedindo garra e raça e além destas qualidades tem muita habilidade e determinação.
Do futsal para o futebol com estas qualidades foi um salto e justo elas é que chamaram a atenção dos responsáveis pela Escolinha do Grêmio Portoalegrense em Curitiba que observaram este moleque jogar e logo perceberam que ele tem o perfil típico das equipes gaúchas: garra e raça. Carlos Alexander Moreira Garcia é filho de José Carlos, Tapeceiro conhecido na cidade, craque do passado e de Dona Maria de Lourdes, nascido em Telêmaco no dia 26 de outubro, iniciou em 2003 jogando na equipe do Nossa Senhora de Fátima vindo das Escolinhas do Silvio. Se destacando, logo foi convocado para integrar as seleções do município que participavam da Liga Sul Norte. Da seleção foi convidado a integrar a equipe Sub-15 do Aquárius que no ano passado disputou a Taça Paraná e ficou em quarto lugar na competição. Nesta competição formava o trio telemacoborbense juntamente com Rodolfo e Diego que se revezavam juntos com os estrangeiros Paulo, Gabi e Jean. Carlinhos acha que seu principal defeito é ser um pouco nervoso e de fato é mesmo. Paparicado pela irmã, Elaine Garcia, fã número um que o acompanha em quase todos os jogos disse que não teve medo em deixar a família apesar de sentir falta, e encarar o desafio de no início do ano passado transferir-se para Curitiba. Lá na capital se entrosou fácil no grupo e comissão técnica e encara a rotina de treinos, escola e alojamentos numa boa. Meio campista, é titular na equipe na categoria 93 e em recente excursão a Porto Alegre, teve participação na conquista da Copa Tostão (Sul brasileiro), competição que reuniu 32 equipes da qual conta com euforia: “A conquista foi espetacular, pois enfrentamos vários times até chegar a Porto Alegre onde ganhamos a semifinal nos pênaltis e na final ganhamos por dois a um e eu acabei fazendo o gol da vitória”. Conta exultante. Apesar de acreditar do futebol em Telêmaco acha que falta muito principalmente pela falta de valorização de nossos atletas. “Aqui nós não temos valor, tem um monte de moleque aqui e vejam só a Desportiva: trás um monte de menino de fora. Se vem de uma cidade grande aqui pro interior é porque já não deu certo!” Referindo-se a Desportiva Sub-17. Aos atletas que esperam tornar-se jogadores aconselha. “Quem quer ser um jogador tem que lutar e acreditar, porque somente assim a gente consegue tudo”.

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