Arbitral com quase quatro horas definiu fórmula da Chave Ouro

A reunião mais esperada do futsal paranaense deste ano aconteceu na manhã deste sábado (dia 11) na cidade de Cascavel, oeste do estado. Em um arbitral cheio de discussões e alterações de propostas e posicionamentos dos clubes, ficou definida que a fórmula apresentada pela Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS) será utilizada, com algumas modificações de seu formato original.

Time da Unipa é oficializado pela FPFS
Logo no começo da reunião o presidente da FPFS, Jesuel Laureano, oficializou a participação da Unipa de Foz do Iguaçu na Chave Ouro, ocupando a vaga do desistente, São José dos Pinhais. A outra vaga, deixada pelo, também desistente, São Miguel Futsal, já havia sido confirmada pelo Toledo Futsal. Assim, teremos quatro clubes estreantes neste ano: Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e Unipa/Foz, os quatro melhores colocados na última Chave Prata.
Também foram confirmadas as datas de início (17/03) e término (15/12) da Chave Ouro, ficando definido o próximo arbitral no final do ano e não mais no começo da temporada. A idéia da FPFS é realizar o arbitral da Chave Ouro de 2013 na cidade em que for realizada a final do Paranaense de Futsal deste ano, com todos os representantes das equipes podendo assistir o jogo final e já saber como será o próximo campeonato, antes que reformulem suas equipes.
Na seqüência foram discutidos assuntos como janelas de transferências, paralisações para Jogos Abertos e transmissões dos jogos por TV. O árbitro Carlos Zaremba falou, em seguida, sobre a nova regra do recuo de bola para os goleiros: Será cobrado tiro livre indireto se o goleiro receber a bola pela segunda vez (de forma intencional e sem ter tocado em um adversário) em sua área de defesa. Também será infração se o goleiro receber a bola na quadra de ataque e recuar para a quadra de defesa.
Muita discussão e muitas fórmulas
A discussão começou com quatro propostas: a fórmula de 2011 (defendida pelo Umuarama e São Lucas), de 2010 (defendida por Marechal e Cascavel), de Toledo e da FPFS.
A primeira proposta a ser duramente criticada foi a fórmula de Toledo: a equipe do Ciagym Maringá (que estava favorável à fórmula de 2010) considerou a proposta “impraticável” para as equipes da Liga, pois deixava o campeonato muito longo, com poucas possibilidades de se conciliar duas competições.
No desenrolar das conversas, outra proposta, diferente das iniciais, foi apresentada pelo técnico Ney Victor, do Cascavel, que sugeriu que a fórmula de 2011 continuasse, mas com a presença das equipes da Liga Futsal na primeira fase. No entanto, o técnico Cafu, do Corbélia, foi contrário, pois a fórmula não garantia que todas as equipes jogassem contra todas as outras dentro e fora de casa. Ney retrucou, dizendo que é necessário pensar em vencer os jogos e não em receber os clubes da Liga em casa.
Liberato, representante de Guarapuava, também sugeriu mudanças na fórmula de 2011 a idéia foi de que o campeão da Chave Ouro Primeira Parte decidisse o título com o campeão da Segunda Parte. A justificativa, nas palavras do dirigente de Guarapuava, foi de que “aos olhos do torcedor, a primeira parte não vale nada”.
A discussão sobre a reformulação fórmula de 2011 não avançou por não haver consenso entre as equipes. Porém, a idéia de adaptar outra fórmula logo foi retomada por Toledo, que decidiu retirar sua proposta da votação, desde que houvesse ajustes na fórmula da FPFS, já que em alguns pontos as duas propostas eram bastante parecidas (principalmente na primeira fase com jogos de ida e volta).
As principais mudanças da fórmula original da FPFS foram a extinção do quadrangular para decidir os rebaixados – com estes sendo conhecidos já no final da primeira fase, e a mudança do critério para escolher os dois classificados pelo índice técnico na segunda fase.
Este é, inclusive, o ponto mais polêmico desta fórmula: a proposta inicial era de que 12 equipes se classificassem jogando em seis chaves de oitavas de final. Classificar-se-iam para as quartas de final os seis vencedores e mais duas equipes por índice técnico, somando os pontos da primeira e segunda fase. A crítica deste modelo foi que o primeiro e o segundo da primeira fase já entrariam praticamente classificados e poderiam entregar seus jogos para as equipes classificadas em 12º e 11º na primeira fase.
Depois de muita discussão, decidiu-se que se classificariam para as quartas de final os seis vencedores e mais duas equipes levando-se em conta apenas a segunda fase (assim o saldo de gols deverá definir estas duas vagas): A segunda fase (oitavas de final) será disputada em dois jogos (ida e volta), nas fases seguintes (quartas de final, semifinal e final), os jogos poderão ser decididos por dois ou três jogos, como era feito nas edições anteriores da Chave Ouro de Futsal.
Com as mudanças no formato sugerido pela FPFS, a grande maioria das equipes apoiou a fórmula. A fórmula de 2011, que teria as alterações sugeridas por Ney Victor, também foi retirada de votação em favor da fórmula da FPFS e esta foi aclamada pelos clubes, sem a necessidade da votação.
Em seguida foram discutidos algumas questões pontuais das equipes, como dias de jogos e a flexibilização da tabela para equipes que disputam outras competições. Também ficou definido que no arbitral de 2013 (no final deste ano) a fórmula será avaliada pelos clubes e, se aprovada, permanecerá para o ano que vem.
Premiação
Outra novidade foi sobre as premiações desta edição do estadual: o campeão da primeira fase continua com direito a uma vaga na Liga Sul (junto com o campeão da Chave Prata) e ganha anuidade da FPFS. Já o campeão da Chave Ouro ganha, além da vaga na Taça Brasil, um carro zero km (o modelo e o patrocinador não foram revelados durante a reunião), enquanto o vice-campeão ganha anuidade da FPFS.
Resumo da ópera
1ª fase: 16 equipes jogam em turno e returno. As 12 primeiras se classificam para a fase Oitavas de Final e as 2 últimas são rebaixadas para a Chave Prata.
Oitavas de Final: 12 equipes são divididas em 6 chaves (1ºx12º, 2ºx11º, 3ºx10º, 4ºx9º, 5ºx8º e 6ºx7º). Os vencedores dos confrontos (realizados em dois jogos) passam para as Quartas de final e mais dois clubes por índice técnico nas Oitavas, sem considerar a primeira fase.
Quartas de final, Semifinal e Final: As decidem as chaves em dois ou três jogos (dois empates, ou vitórias alternadas provocam a terceira partida).
Fonte: Radio Gol
Foto: CATVE

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